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| Juan Luis Cebrián |
“A sociedade digital é paradoxal, convive com as contradições, não as anula: ela as amplia e delas se aproveita. Mesmo sendo convergente, a nova cultura favorece a fragmentação; apesar de planetária, tem múltiplas versões locais; embora interativa, estimula o isolamento; apesar de caótica, conduz à homogeneização.”
"A
convergência de tecnologias propicia a convergência de quem possui os
conteúdos da comunicação. Desde que o movimento liberalizador das
telecomunicações se pôs em marcha, as fusões, alianças, compras e todo o
tipo de operações financeiras têm abalado o mercado. Empresas de
informação produtoras de cinema, provedores de software informático,
empresas de telecomunicações ou de comunicação via cabo se aliam, se
ujnem, se confundem, se atraiçoam na perseguição de um mercado global.
Estamos diante de um processo formidável de concentração. A sociedade
digital favorece a criação de imensos conglomerados que, por
natureza, atendem ou pretendem atender esse mercado planetário."
"Não existe - Negroponto dixit - fronteiras para os bites, nem os funcionários alfandegários podem investigá-los ou detê-los. As empresas, junto com sua enorme capacidade tecnológica, acumulam fabulosos recursos financeiros e operam, quase sem distinção, em países de culturas, legislações e níveis de desenvolvimento muito diferentes. Cresce a integração das empresas de meios de comunicação, ao mesmo tempo em que aumentam sua presença mundial e sua tendência a incorporar e administrar, sob uma mesma empresa, tanto os conteúdos quanto os sistemas de distribuição."
"A concentração da propriedade é correlativa à globalização e tudo nos leva a prever que nos próximos anos ela deverá aumentar. Esta é uma notícia inquietante, mas precisamos nos esforçar para resolver os desafios que ela apresenta, ou poderemos mergulhar na recusa a reconhecer sua existência e até a inevitabilidade do processo [...]"
(Juan Luis Cebrián, fundador do El País)


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