quinta-feira, 24 de julho de 2014

BRASILEIROS INDIGNADOS DESEJAM ROMPIMENTO DE RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS COM O REGIME CRIMINOSO DE ISRAEL




 por Eduardo Bueres

Presidenta Dilma Rousseff, rompa relações com o regime criminoso que governa o Estado de Israel; convoque e leve com urgência essa proposta para a assembleia da UNASUL.
Considerado o conjunto de opiniões expressado em quase 100% na internet e na imprensa escrita em todo território brasileiro, é desejo da maioria esmagadora dos cidadãos que o governo Rousseff dê o exemplo e, na condição de líder pacifista  intercontinental, rompa todas as relações que o Brasil mantém com o governo criminoso de Israel, país que é governado por militares sádicos e seguidores do macabro modelo ultra nacional-socialista, que vingou na Alemanha de 1939 a 1945, de estrema direita... 
 
que ignora a opinião pública internacional e debocha da existência da Organização da Nações Unidas, órgão desmoralizado e atrapalhado que, para desespero do planeta, se presta apenas para reafirmar sua vocação de avalista das políticas econômicas expansionistas e da estratégia de segurança energética dentro da geopolítica militarizada e armada dos EUA. 

Lamentavelmente boa parte do povo judeu que se opõe a carnificina praticada pelos chefes militares nazistas hebreus, atualmente no comando desta importante e admirável civilização, não interfere; 
 
caso se manifestassem na medida certa contra os vergonhosos massacres, desproporcionas, que ceifam as vidas de civis inocentes, certamente haveria uma outra nação e um novo regime possível. 
Se assim não o fazem, e por medo covarde de serem patrulhados por uma onda ideológica a moda da SS de Hitler; ou de serem acusados de "traição", não percebendo que, agindo de forma contrária e positiva,   poderiam ajudar a construir um mundo melhor para todos os judeus e palestinos, especialmente para as novas gerações. 

Ao atacar verbalmente o povo do Brasil pela lúcida e coerente decisão do seu governo em chamar seu embaixador em Tel-Aviv,foi um erro diplomático grosseiro; perde Israel a chance de construir uma relação  de aprendizagem com o Brasil, fundada na não intervenção e  no respeito  absoluto a livre determinação dos povos do mundo, cuja Constituição nos proíbe de fabricar artefatos militares de destruição em massa. 


O atual modelo de governo de Estado Terrorista sanguinário imposto pelos covardes e medrosos militares dirigentes de Israel, isolam do ponto de vista humanista a sua nação, atraindo com a manutenção da atual doutrina da violência e da arrogância, injustamente, um tsunami internacional de antipatia e ódio contra a totalidade do povo hebreu, que historicamente não merece este triste estigma. 

Esta na hora do mundo deixar de aceitar a eterna repetição desses crimes hediondos, praticados por anões amorais, monstros criminosos  que promovem infanticídios inaceitáveis fantasiados com uniformes israelenses,  que temem a paz,  porque fazem da guerra o seu principal patrocinador de acesso ao poder.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Tecnologia - a impressora robo que cabe na palma da mão



Conheça aqui o projeto Mini Mobile que está sendo financiado pela Kickstarter. A micro impressora vem com uma bateria recarregável, imprime uma página por minuto e tem tinta suficiente para 1.000 páginas

Por James Vicent

As impressoras são um problema. Elas são difíceis de usar, eles custam demorampara imprimir e, ao contrário dos smartphones e tablets, que operam a partir de qualquer lugar, continuam teimosamente imóveis.

Agora, um grupo de engenheiros e designers de Israel pensam ter a resposta inovadora e revolucionária: uma impressora que você pode carregar em sua mão, que se conecta ao seu smartphone e que pode ser usada em qualquer lugar onde se possa contar com uma superfície plana.

" As máquinas de impressão atuais são, essencialmente, um cabeçote de impressão executando esquerda e direita em um pedaço de papel em movimento", escreve Zuta Labs, membro da equipe responsável pela criação do Mini Mobile Printer Robotic, em sua página Kickstarter .

Descomplicando

"Nós nos perguntamos, por que não se livrar de todo o dispositivo supérfluo?; basta colocar a cabeça de impressão em um conjunto de rodas pequenas e deixá-la correr em um pedaço de papel. Ao fazer isso, nós permitimos que a impressora realmente seja totalmente funcional usando o mínimo possível de carenagem. "
É bastante encantador olhar o resultado prático quando a observamos rastejando sobre a mesa como um Robô em miniatura, mesmo operando à uma  taxa um tanto sedentário de 1,2 páginas A4 por minuto.

O Mini Mobile vem com uma bateria recarregável que dura uma hora de carga e um cartucho de tinta programado para imprimir mais de 1.000 páginas. Zuta Labs diz que estão atualmente no meio do caminho com o  objetivo Kickstarter,  que  pretende lançar a US $ 180  a versão pronta do aparelho.

A flexibilidade da impressora é certamente atraente (funciona com qualquer tamanho de papel), mas também há uma série de etapas no processo de impressão, onde tudo poderia dar errado.


Para começar, é preciso alinhar o dispositivo  perfeitamente no papel - é por isso que a sua forma de lágrima - e direcionar a ponta do aparelho para o canto da página; caso o contrário, o seu documento será impresso enviesado;  se você não estiver trabalhando em uma superfície perfeitamente lisa e nivelada, as imperfeições provocadas pelos solavancos vão aparecer no seu documento.

A primeira Mini Mobile - desde que cumpram seu objetivo com a Kickstarter- só irá funcionar em escala de cinza e resolução (96 x 192 dpi), ainda  não é tão impressionante. Zuta Labs também não mencionou nada sobre o custo de um cartucho de tinta - geralmente uma das surpresas mais desagradáveis ​​de custo para qualquer impressora.

Apesar de tudo isso, nós adoraríamos para o Mini Mobile tenha sucesso. É um conceito fascinante em um mercado que tem falhado consistentemente em atender as demandas dos consumidores por soluções simples e práticas, satisfazendo  as expectativas por soluções mais básicas. Qualquer evolução é sempre  bem-vinda.


 Fonte: The independent

terça-feira, 22 de abril de 2014

OS 150 ANOS DE MAX WEBER




Obra de Max Weber mantém atualidade, nos 150 anos do sociólogo


Da Deutsche Welle

Em 21 de abril de 1864, nasceu o conceituado autor de "A ética protestante e o espírito do capitalismo". Suas ideias encontram interesse em emergentes como o Brasil e são aplicadas em certas regiões, diz especialista.
A obra de Max Weber é atualmente reconhecida por representantes de diferentes facções e tendências na ciência e política. O sociólogo nascido em 21 de abril de 1864 em Erfurt, Turíngia, ocupou-se de conceitos como objetividade e liberdade de valores, burocracia e carisma. Até hoje, suas teorias têm grande influência na área das ciências sociais.
Entre os escritos weberianos, um dos mais importantes é A ética protestante e o espírito do capitalismo, que descreve a relação íntima entre o protestantismo e os primórdios da industrialização e do capitalismo moderno a Europa Ocidental. Seu Economia e sociedade é um dos clássicos mais significativos da sociologia.
Por ocasião dos 150 anos do nascimento do autor, a DW entrevistou Edith Hanke, editora científica e responsável pelas obras completas de Max Weber publicadas pela Academia Bávara de Ciências. Entre outros focos de pesquisa, Hanke se dedica à recepção dos escritos do sociólogo alemão morto em 1920, em Munique.
DW: Max Weber nasceu há 150 anos. Quão intensa é a pesquisa sobre ele hoje em dia?
Edith Hanke: Nós vivemos um momento de grande interesse nele, também na Alemanha – naturalmente, devido ao jubileu –, por exemplo, em artigos na mídia. No entanto, quando estou no exterior, noto um interesse mais forte, em parte. Na semana passada, estive em Paris com pesquisadores franceses de Max Weber. Lá, ele faz parte do currículo do ensino médio. Quer dizer, eles também têm um conhecimento weberiano muito mais amplo – coisa que, na Alemanha, continua restrita a pequenos círculos acadêmicos.
Por que ocorre isso na Alemanha?
Eu acho que nós não estamos bem conscientes da grandeza de Max Weber. Ele é realmente um "best-seller de exportação" para o exterior, no que concerne o mundo intelectual e acadêmico. A maioria dos alemães não sabe disso.
Em que países o interesse por Max Weber é especialmente grande?
É interessante: nos últimos tempos a recepção de Max Weber é especialmente intensa nos assim chamados países emergentes, sobretudo no Brasil, México, China e na Turquia.
Por que especificamente nesses países?
Minha explicação é que sociedades que se encontram num processo radical de transformação econômica, política ou social, recorrem a Weber para poder explicar essa mudança. Muitas vezes é uma classe intelectual que conhece e cultiva essa fonte, procurando analisar a transformação segundo as categorias weberianas.
Geralmente se trata da transição de sociedades agrárias, pré-industriais, para sociedades industrializadas. Trata-se, justamente, de muito mais do que apenas a mudança dos processos de produção: há igualmente – e isso também é uma visão de Weber – muita mudança mental envolvida. Isso pode ter efeitos sociais, é claro, mas também políticos: as pessoas passam a ter mais participação política. São processos bem fundamentais, e a minha impressão é que nesse ponto Weber é muito importante.
A obra weberiana não abarca apenas as ciências sociais, mas também a ciência econômica, histórica, cultural e política. Ocorre uma recepção da totalidade dessa obra, ou ela está restrita a uma área principal?
Na maior parte dos casos, fala-se de A ética protestante e o espírito do capitalismo, que Max Weber escreveu em 1904-1905. Nele, ele procura explicar o nascimento do capitalismo a partir de características bem específicas dos protestantes rigorosos, e como a atitude deles fomentou a ascensão do capitalismo. Esse texto tem sempre um papel central na recepção weberiana. Também importante é Economia e sociedade, uma obra muito extensa, considerada escrito central da sociologia.
Fora isso, depende dos países em questão. A Itália ou a Espanha, por exemplo, abordam Weber mais a partir das categorias que ele estabelece. Mas os escritos políticos também despertam periodicamente interesse. É curioso examinar quais países se conectam mais fortemente com quais obras weberianas: é algo que está relacionado às distintas características culturais nacionais.
A recepção da obra de Max Weber também tem aplicação concreta?
Há um exemplo bem interessante, numa região da Anatólia Central, na Turquia: lá se fala, de fato, de um "calvinismo islâmico". É uma região economicamente muito bem sucedida nos últimos anos, que adotou o conceito weberiano de ética trabalhista protestante. Eles se reportam explicitamente a Weber. Lá há principalmente pequenas e médias empresas. Também o modelo burguês da autogestão – que tem um papel grande em Weber – é lá aplicado aos lucros econômicos. Com eles são financiadas escolas ou concedidas bolsas de estudos, por exemplo. Os cidadãos tomam a vida nas próprias mãos, assim libertando-se um pouco do governo central em Ancara.
Esse é um exemplo em que a obra weberiana serviu de modelo para determinada forma de ação social. Nesse caso, porém, a obra dele também foi combinada com uma cultura totalmente diferente, de uma região totalmente outra 

DCM

segunda-feira, 14 de abril de 2014

A CONSCIÊNCIA DE UM LIBERAL AMERICANO


Self portrait 1945 Painting by Janos Pirk

John Rawls
Reproduzo aqui um texto do Voltaire Schilling sobre a obra do pensador norte-americano John Rawls, o grande teórico liberal – no sentido anglo-saxão do termo – cujo livro seminal, A Theory of Justice, foi lançado em 1971 no auge do movimento pelos direitos civis nos EUA, que se iniciara na década de 1950. Suas teorias justificam as políticas progressistas, como a ação afirmativa, que até hoje fazem os reacionários de todos os meridianos pensarem em sacar suas Brownings... 

  
“Certa vez, Hegel escreveu que a Filosofia – tal como a coruja, que só alça o vôo depois do entardecer –, somente elabora uma teoria após as coisas terem ocorrido. Foi bem esse o caso da contribuição de John Rawls, surgida em livro em 1971, A Theory of Justice, Uma Teoria da Justiça, resultante direto do sucesso da campanha pelos Direitos Civis. Herdeiro da melhor tradição liberal, que principia com Locke, passando por Rousseau, Kant e Stuart Mills, Rawls debruçou-se sobre um dos mais espinhosos dilemas da sociedade democrática: como conciliar direitos iguais numa sociedade desigual, como harmonizar as ambições materiais dos mais talentosos e destros com os anseios dos menos favorecidos em melhorar sua vida e sua posição na sociedade? Tratou-se de um alentado esforço intelectual para conciliar a meritocracia com a idéia da igualdade.

O movimento pelos direitos civis nos anos 1950...
A resposta que Rawls encontrou para resolver essas antinomias e posições conflitantes fez história. Nem a social-democracia europeia, velha de mais de século e meio, adotando sempre um política social pragmática, havia encontrado uma solução teórica-jurídica para tal desafio. Habermas, o maior filosofo alemão do pós-guerra, considerou o livro de Rawls um marco na história do pensamento, um turning point na teoria social moderna, abrindo caminho para a aceitação dos direitos das minorias e para a política da Affirmative Action, a ação positiva. Política de compensação social adotada em muitos estados dos Estados Unidos desde então, que visa ampliar e facilitar as possibilidades de ascensão aos empregos públicos e aos assentos universitários por parte daquelas minorias étnicas que deles tinham sido até então rejeitadas ou excluídas. Cumpre-se dessa forma a sua meta de maximize the welfare of society's worse-off member, de fazer com que a sociedade do Bem-Estar fosse maximizada em função dos que estão na pior situação, garantindo que a extensão dos direitos de cada um fosse o mais amplamente estendido, desde que compatível com a liberdade do outro. Se foi o projeto da Grande Sociedade de (Lyndon Johnson) quem impulsionou a teoria de Rawls, suas proposições, difundindo-se universalmente, terminaram por lançar as bases dos fundamentos ético-jurídicos do moderno Estado de Bem-Estar Social, 20 ou 30 anos depois ele ter sido implementado.
O Guitarrista - Pablo Picasso

A sociedade justa

...e nos anos 1960, quando se impuseram à sociedade
De certo modo Rawls retoma, no quadro do liberalismo social de hoje, a discussão ocorrida nos tempos da Grécia Antiga, no século 5 a.C., registrada na República, de Platão. Ocasião em que, por primeiro, debateu-se quais seriam os fundamentos de uma sociedade justa. Para o filósofo americano os seus dois pressupostos são: 1) igualdade de oportunidade aberta a todos em condições de plena equidade e: 2) os benefícios nela auferidos devem ser repassados preferencialmente aos membros menos privilegiados da sociedade, os worst off, satisfazendo as expectativas deles, porque justiça social é, antes de tudo, amparar os desvalidos. Para conseguir-se isso é preciso, todavia, que uma dupla operação ocorra. Os better off, os talentosos, os melhor dotados (por nascimento, herança ou dom), devem aceitar com benevolência ver diminuir sua participação material (em bens, salários, lucros e status social), minimizadas em favor do outros, dos desassistidos. Esses, por sua vez, podem assim ampliar seus horizontes e suas esperanças em dias melhores, maximizando suas expectativas. 
A Grande Sociedade não era suficientemente grande para abrigá-los 
Para que isso seja realizável numa moderna democracia de modelo representativo é pertinente concordar inclusive que os representantes dos menos favorecidos (partidos populares, lideranças sindicais, minorias étnicas, certos grupos religiosos, e demais excluídos), sejam contemplados no jogo político com a ampliação da sua deputação, mesmo que em detrimento momentâneo da representação da maioria. Rawls aqui introduz o principio ético do altruísmo a ser exigido ou cobrado dos mais talentosos e aquinhoados – a abdicação consciente de certos privilégios e vantagens materiais legítimas em favor dos socialmente menos favorecidos.


A Direita ontem: a fascistizante Klu Klux Klan...
Há nisso uma clara evocação, de origem calvinista, à limitação dos “direitos do talento”, sem a qual ele considera difícil, senão impossível, pôr em prática a equidade. Especialmente quando ele lembra que uma sociedade materialmente rica não significa necessariamente que ela seja justa. Organizações sociais modestas, lembra ele, podem apresentar um padrão de justiça bem maior do o que se encontra nas opulentas. Exemplo igual dessa “secularização do calvinismo” visando o apelo à concórdia social, é a abundância no texto de Rawls de expressões como, além do citado altruísmo, “benevolência”, “imparcialidade”, “desinteresse mútuo”, “desejos benevolentes”, “situação eqüitativa”, “bondade”, “objeção de consciência” etc...

Equidade e igualdade

...e a Direita hoje: a delirante Sarah Palin e seu Tea Party
Se a pregação de Rawls a favor da limitação dos benefícios obtidos pelos mais talentosos desgosta a maioria dos teóricos conservadores (é injusto retirar do talentoso as vantagens legítimas adquiridas por ele), a questão da equidade sobrepor-se como um sucedâneo a igualdade fere os princípios dos teóricos democráticos mais radicais. Aparentemente, ele descarta a possibilidade de haver uma distribuição dos bens igual para todos. Rawls aposta mais na eficácia equidade para aparar os feitos negativos da desigualdade.


Por mais que a sociedade liberal tenha proclamado ao longo dos tempos seu em empenho em favor da igualdade de oportunidades para todos, e na difusão universal dos direitos de cidadania, sabe-se que, na prática isso não ocorre. Um simples vislumbre da paisagem social existente na maioria dos países democráticos confirma que as afirmações pró-igualdade, alardeadas por todos, prendem-se mais à retórica do que à realidade. Evidentemente que pode-se superar isso, e a história assim o demonstrou, pela aplicação revolucionária de uma igualdade imposta pela violência ou pelo terror político, na qual todos terão acesso as mesmas coisas. Isso, porém, além de ter-se verificado inviável ou impraticável numa sociedade democrática, comete uma outra injustiça, visto que desconsidera as vantagens legitimas obtidas pelos talentosos e os bem sucedidos em geral.

Equidade e altruísmo
Immanuel Kant


A correção das injustiças sociais, por conseguinte, somente poderia advir da prática de uma politica visando a equidade, claramente localizada e pontual. Não de uma revolução social. Verificando-se qual o setor social menos favorecido (em razão da raça, sexo, cultura ou religião), mecanismos legislativos compensatórios entrariam em ação para buscar reparar, pela lei e com o consentimento geral, as injustiças cometidas. É certo que isso requer a suspensão temporária dos direitos de todos os demais, especialmente dos bem sucedidos, mas, como acreditava Kant, a Billigkeit, a equidade deve ser, antes de tudo, reivindicada no tribunal da consciência e não nos tribunais comuns. A sociedade num todo avançaria então gradativamente identificando aqui e a ali as correções sociais a serem feitas, agindo cirurgicamente no sentido de superá-las pela lei , aplicada simultaneamente ao apelo constante ao altruísmo dos better off, não no sentido de uma inatingível igualdade absoluta, como era o desejo dos radicais socialistas, mas na direção da mais justa possível a ser alcançada dentro das normas de uma democracia liberal moderna..

Invertendo Platão

Platão, o filósofo da aristocracia
A sociedade justa para Platão era aquela que alocava cada um dos seus integrantes segundo suas aptidões verificadas (inteligência, coragem ou apetite), cabendo o seu governo aos mais qualificados: os filósofos. Por conseguinte, sua visão favorecia um regime dominado, digamos, dos mais técnicos, dos mais talentosos e inteligentes (comumente se aceita que Platão teria sido o pai da tecnocracia moderna). Rawls inverte tal propósito. Como vimos, uma sociedade realmente justa, para ele, sem que se descurasse da importância dos talentosos, é aquela que funciona em favor dos destituídos.

Conclusão essa que se choca frontalmente com a muito difundida concepção darwinista dos norte-americanos, que divide a sociedade entre vencedores (winners) e perdedores (losers). Como poderiam eles aceitar - numa cultura que celebra o vencedor mais do que qualquer outra que se conheça - uma doutrina voltada preferencialmente a favor dos desvalidos, dos que não tiveram condições de seguir na competição, ou foram alijados dela, mesmo que o objetivo seja nobre visando corrigir um erro do passado? Seja como for,a Teoria da Justiça serve hoje como inspiração para a maior parte dos reformadores sociais em atividade.” 

Originalmente no Cláudio Camargo

Poluição provoca milhares de mortes no Reino Unido

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Agência ANSA


    
Em 2010 as mortes atribuídas à poluição e a partículas tóxicas na Grã-Bretanha foram 26 mil, e 25 mil só na Inglaterra, 5,6% das mortes totais, revelou o jornal Times de Londres.
    A capital britânica está entre as áreas de mais risco, explicam os especialistas, em particular os bairros de luxo como Kensington, Chelsea e Westminster, com uma morte em cada 12 ligada à poluição atmosférica.
    No começo de abril uma nuvem de poluição encobriu Londres e grande parte da Inglaterra. O fenômeno teria sido provocado pelas emissões locais, pela contaminação industrial e a poeira da areia do Saara.
    O Reino Unido é acusado pela Comissão Européia de descumprir obrigações de reduzir os níveis excessivos de dióxido de nitrogênio (NO2), um gás tóxico produzido principalmente por veículos.

CAMÕES - BRAMINDO O NEGRO MAR...

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Uma nuvem que os ares escurece
Sobre nossas cabeças aparece.
 

[...]
Tão temerosa vinha e carregada,
Que pôs nos corações um grande medo;
Bramindo o negro mar, de longe brada
Como se desse em vão nalgum rochedo.
- Ó Potestade, disse, sublimada!
Que ameaço divino, ou que segredo
Este clima e este mar nos apresenta,
Que mor cousa parece que tormenta?" —

[...]
 

Pois vens ver os segredos escondidos
Da natureza e do úmido elemento,
A nenhum grande humano concedidos
De nobre ou de imortal merecimento,
Ouve os danos de mim, que apercebidos
Estão a teu sobejo atrevimento,
Por todo o largo mar e pela terra,
Que ainda hás de sojugar com dura guerra.


O Gigante Adamastor, em Os Lusíadas de Luís de Camões

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